De
repente, outono. Uma nova estação. Um novo ciclo.
Nem
amanheceu e o silêncio que era total, acordara.
Lá
fora, o breu da noite ainda se faz presente.
Ouvem-se
sons. Variados, fortes e constantes.
O
céu negro cobriu com seu manto todas as estrelas
E
o sol ainda dorme no aconchego do horizonte.
O
verão, que até ontem se fazia presente,
Afivelou
as malas e partiu sem dizer uma única palavra.
Os
braços da timidez se abriram e com um sorriso alegre
Deu-lhe
as boas-vindas. O outono agradeceu e se sentou no banco
Solitário
da praça. Despojou a mala do seu lado e descansou
Por
um longo e calmo período antes de desfazê-la.
O
banco solitário e triste, levantou os olhos e percebeu que o outono
Havia
chegado. As folhas já estavam caindo e o vento cantava
Uma
nova canção. Logo, amanheceria e o cenário seria outro.
A
vida seria outra e os momentos, novos e inesquecíveis.
Rita
Padoin
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