quarta-feira, 21 de março de 2018

OUTONO

De repente, outono. Uma nova estação. Um novo ciclo.
Nem amanheceu e o silêncio que era total, acordara.
Lá fora, o breu da noite ainda se faz presente.
Ouvem-se sons. Variados, fortes e constantes.

O céu negro cobriu com seu manto todas as estrelas
E o sol ainda dorme no aconchego do horizonte.
O verão, que até ontem se fazia presente,
Afivelou as malas e partiu sem dizer uma única palavra.

Os braços da timidez se abriram e com um sorriso alegre
Deu-lhe as boas-vindas. O outono agradeceu e se sentou no banco
Solitário da praça. Despojou a mala do seu lado e descansou
Por um longo e calmo período antes de desfazê-la.

O banco solitário e triste, levantou os olhos e percebeu que o outono
Havia chegado. As folhas já estavam caindo e o vento cantava
Uma nova canção. Logo, amanheceria e o cenário seria outro.
A vida seria outra e os momentos, novos e inesquecíveis.
Rita Padoin

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