terça-feira, 7 de maio de 2013

Peregrino...Rita Padoin

Onde há flores, há jardins.
Onde há flores, há campos perfumados
Tempestivas chuvas ao longe
Avisteis pelo véu intenso das neblinas
 
Vilas artesanais nutrem os casebres
Alvos e enfileirados pelos caminhos descampados
O canto e o silêncio se misturam
E os dias avançam por entre as horas
 
Grandes são os sonhos, grandes as imaginações
Onde o bem e o mal se impõem
Entrelaçando-os para um equilíbrio
Carregando o fardo das maledicências.

Peregrinos sereis das longas estradas
Onde o silencio dos deuses urgem
Não ousas parar agora diante da ira
Seja o andante sonhador do mundo.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Essência...Rita Padoin

Sento-me no colo da vida
E me deslumbro com tamanha audácia
Perco-me diante desta essência
E me verto em nada diante de tudo.

Nas linhas imaginárias do tempo
Mergulho com a certeza de ter sido engolida
Pelas longas horas incertas
Entrego-me nos seus devaneios sem medo.

Penso junto com a intensidade das horas
Nos braços do acaso me vejo
Perdida em pensamentos que vaga
Longe das buscas indecisas.

Ao longe no horizonte infinito
As asas da imaginação invadem
O longo percurso da vida
Que espera um novo tempo...

O Cão e Eu...Rita Padoin

Há um elo forte entre eu e o meu cão
Há uma distância invisível que nos une
Quando nos separamos apenas por instantes
Incertas ficam as horas quando longe estamos.

Quando nos despedimos bate forte meu coração.
Lembro-me com saudades de seus olhos tristes
Vendo minha partida sem uma definição
Ao longe nos olhamos entendendo a situação.
 
Seu rabinho bate forte quando me avista de longe
Corre rápido para viver feliz ao meu lado
Seus talentos atrapalhados chamam a atenção
Quando me olha atravessado querendo dar sua mão.

Sua carinha safada querendo pedir algo me emociona
Faz-se de vitima para ganhar amor e carinho
Doa-se inteiro dizendo com os olhos brilhantes
Que seu amor é para o mundo inteiro...

Enquanto Passa...Rita Padoin

Enquanto o outono passa, respiro.
Passa a estação e passa meu sonho com ela
Olho pela janela da vida
No momento em que passa os minutos.
A chuva lá fora começa a cair
O sol que até ontem queimava minha pele
Hoje dorme no colo incerto do tempo.
Mergulho com convicção na minha luta
O tempo se esgotou e tenho pressa
Pressa de ir. Pressa de garimpar os tesouros da vida.
As gotas do orvalho da manhã amaciaram
Cada pedaço do momento adormecido
Na pele desnuda e exposta ao tempo
Morre em cada segundo de luta
Os sonhos de uma ideologia tão aguardada.