terça-feira, 20 de dezembro de 2016

VIDA E MORTE

Em cima das minhas inconstâncias,
Estão a vida e a morte
Sempre de mãos dadas,
Sempre perto de nós.            
Sempre atentas.
O que será que elas querem?
Levar-me ou me ensinar
A viver a vida intensamente.
Só saberei se der uma chance
Para que elas se aproximem.

Rita Padoin

terça-feira, 25 de outubro de 2016

ELA E ELE

Ele tentou de todas as formas seduzi-la.
Usou todas as ferramentas e artimanhas possíveis.
Ela não deu muita atenção.
Ele continuou seduzindo-a, sem dar trégua.
Ela decidiu dar uma chance.
Ele ficou de pensar.
Ela o deletou da sua vida para sempre.
Rita Padoin


domingo, 25 de setembro de 2016

O AMOR

O que falar sobre o Amor e o que dizer sobre ele?
Nada se sabe e nem o entendemos.
Não temos nenhum dado.
Apenas o imaginamos com asas.
O amor voa, voa, voa.
Voa no infinito céu primaveril.
Voa na nossa imaginação,
Voa nos nossos sonhos.
Voa nas asas do tempo e
Só aterrissa na planície mais segura.
Do amor, apenas o sentimento, a intensidade e a verdade.


Rita Padoin

sábado, 24 de setembro de 2016

PRIMAVERA

Abro a janela e deparo-me
com uma beleza desigual
flores desabrochando
colorido presente
perfume no ar
primavera batendo em minha porta

o que era cinza e frio
deu lugar ao brilho do sol
ao azul do céu
ao canto dos pássaros
à alegria das crianças
à palpitação de nossos corações

Com um sorriso e de braços abertos
Doou as boas vindas
Junto com a primavera
Me renovo...
Me inspiro...
espero as mudanças
de uma vida nova
tanto esperada...

Rita Padoin



domingo, 28 de agosto de 2016

O TEMPO DO POETA

Para um Poeta, o tempo nunca é curto ou longo. Sempre é o tempo certo, a hora certa e o momento exato. Sempre haverá esperança, paciência e uma lacuna para expor o que não estava previsto.

Para um Poeta, as horas estendem um tapete e o momento se desfaz em reflexão. O que para muitos é apenas um tempo perdido, para ele é uma oportunidade. O tempo, é aproveitado em cada segundo. O piscar dos olhos reflete um ponto luminoso que traz junto com ele, o inesperado.
      
Viver cada segundo, é viver inesperadamente. É deixar de lado as insignificâncias e escorrer entre os vales de sua estrada, as alegrias. O Poeta, apenas observa sem dizer uma única palavra. Quem fala por ele é a caneta. Escorrem por entre as linhas de uma página branca, todos os seus segredos e as suas imaginações.
      
O tempo do Poeta é o mesmo tempo que ele escolhe para não deixar o seu tempo calado. Assim, abre-se um caminho, que nem ele consegue explicar ou decifrar. São os parênteses e as interrogações expostos pelo tempo.
      
Para um Poeta, o tempo nunca será um tempo perdido.

Rita Padoin

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

ASAS DA POESIA

E a Poesia criou asas e voou...
Saiu das linhas de uma folha branca
E aterrizou nas notas musicais da guitarra.
A vibração do som ecoou e a intensidade
Das cordas foram tocadas.
Alcançaram o invisível mundo da imaginação.

O destino foi escrito nas linhas tênues do livro da vida
E nos leva a um mundo que criamos,
E o fazemos realizáveis à medida que
Compomos a nossa própria história.

A poesia e a música resolveram ter um romance
E esse romance deu certo. Foi inspirador.
Os sonhos se entrelaçaram na linha imaginária do tempo

E viajaram com a intensidade do som, emitindo uma explosão e vibração.

Rita Padoin

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Calvin Harris - This Is What You Came For (Official Video) ft. Rihanna

COMPARO-TE INVERNO

Comparo-te inverno, com as brancas e límpidas pétalas.
Comparo-te, com a estação sem cor. Com as águas serenas.
Comparo-te, com o silêncio. Quieto, intenso e nostálgico.
Comparo-te, com a cor. Branca, pálida e transparente.

Ah! inverno, trazes nostálgicas lembranças de um passado
Que ficou guardado a sete chaves, de um tempo esquecido.
Tão branco, tão leve e tão suave como as nuvens do céu
Tão insensível e intempestivo, como o vulcão em plena erupção.

Comparo-te inverno, com a magia do vento. Forte e intenso.
Comparo-te, com o tempo. Sensível e abrasador.
Comparo-te, com a manhã. Silenciosa e delicada.
Comparo-te, com o poder, a loucura e a insensatez.

Ah! inverno, quando resolves aparecer sem avisar
Derrubas paredes invisíveis. O dia se torna noite e a noite se torna única.
A tempestade faz reverências e se vai sem nenhum aceno.
Vens e trazes contigo o imprevisível e o improvável.

Comparo-te inverno, com a imaginação...

Rita Padoin


domingo, 12 de junho de 2016

LEMBRANÇAS PASSADAS

Na palma das mãos, o passado, o presente e um futuro incerto.
Símbolos de sonhos, de lutas, de esperas. Nos olhos, a esperança.
Nos lábios, um sorriso esperançoso. Uma vida vivida.
Uma espera. Um lugar desconhecido, sonhos e mágicos momentos.

Um amontoado de ferro nas mãos. Entre os dedos trêmulos, uma espera
Uma luta vencida. Um recomeço. Uma vida nova. Um despertar.
No esquecimento, apenas o passado vivido.
Nos meus pensamentos, você. Momentos desconhecidos.

Minhas mãos frias de um inverno rigoroso
Ainda conseguem segurar o passado.
Olho pausadamente e nada restou para lembrar.

Apenas a máscara pendurada no chaveiro.

Rita Padoin

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Michael Buble - You Don't Know Me and That's All (Live 2005) HD

SER EU

Eu quero ser Eu
Mesmo que a vida arranque de cada minuto
Um pouco da minha sensatez
Eu quero ser Eu
Hoje, amanhã e sempre
Nesta e noutra vida
E em tantas e tantas outras que porventura eu possa passar
Eu quero ser sempre assim
Não quero mudar
Apenas evoluir
Crescer
E ter a plena certeza de que o amanhã
Virá a qualquer momento
Mas o hoje, é o presente
É o que eu posso agarrar
Eu quero ser Eu
Assim, sem tirar e nem por
Exatamente assim.

Rita Padoin
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domingo, 3 de abril de 2016

CAMINHO DESCONHECIDO

O vento bateu na janela,
Forte, abrasador e ameaçador
Despertou-me e me levou pelos braços.
Mostrou-me um caminho desconhecido
Cheio de encruzilhadas,
Esquinas,
Ruelas e
Desvios.
Ondulou meus pensamentos.
Trouxe-me a brisa,
Acariciou as fantasias.
Despertou o que estava adormecido

Segui minha rota sem olhar para trás.

Rita Padoin 



domingo, 20 de março de 2016

Etta James - I'd Rather Be Blind (Live at Montreux 1975)

INDECISÕES

Já é quase fevereiro e uma angustia me dominou por completo
Talvez seja este mês que passou e nem vi. Talvez seja o nada.
Talvez seja mais um ano que passará tão rápido que nem sentirei
Não sei dizer. Não sei mais nada. Tudo está tão vago.

Deixei recados mais uma vez e não obtive respostas.
Nada foi dito. Nem uma palavra, nem uma linha. Nada.
Apenas o vazio de uma noite de janeiro quente e silenciosa
Meus olhos observam o nada. Não tenho palavras para descrever.

Engoli seco e minha garganta doeu. Minha cabeça girou, girou, girou e
Não consegui ver nada além de uma poeira que se instalou bem na minha frente
São tantas interrogações, indecisões, dúvidas. Queria fazer perguntas, muitas perguntas. Mas, ninguém responde quando pergunto. Fico sem respostas.

Visualizo, sonho, busco, analiso e nada consigo de concreto. Silencio apenas.

Meus olhos pesam. Calo-me. Submeto-me entre a loucura e a insensatez. Talvez toda esta busca tenha me deixado um pouco desorientada ou sem a certeza do que eu quero na verdade. Apenas aguardo silenciosamente.
Rita Padoin 


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

MINGUANTE

Lá fora ainda é escuro. No céu apenas um fio dourado. É minguante.
Amanhã talvez não a veremos mais. Apenas um céu negro como a madrugada.
O eco apavorará os que dele tem medo e o som do invisível emudecerá.
No pensamento apenas lembranças de uma noite que deixará saudades.

O vento nordeste quebra o silêncio. Os olhos vagam, entre os vidros da janela aberta, ainda se consegue ver lá fora o balançar das árvores. 
O coração se agita e bate descompassado. O medo se faz presente.
Uma vertigem percorre o corpo e a sensação é de frio.

Até o dia clarear ainda faltam algumas horas. Os pássaros nem acordaram.
As folhas ao balançarem me reportaram há um tempo passado.
A sensação é de bem estar. De tranquilidade. De leveza. De levitação.
Um encontro de paz e de tranquilidade entre a alma e o espirito.

Rita Padoin