quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Imaginações...Rita Padoin

Para que sonhar com o que se vai
tão logo como veio
como o vento a avisar a mudança do tempo
e quando a noite cai corro em meu leito
descanso e espero o mais puro e
sensível sopro que me alimenta...

és tu amado meu a adentrar no meu intimo
com a simplicidade das palavras
nossos corpos fundem-se oscilando
num vai e vem divinal...

amo teu jeito descontraído, as palavras soltas
ditas no silêncio das noites adentro
onde só ouço o barulho de nossos toques
invadindo num contexto único
o sublime momento só nosso...

Dia do Poeta - 20 de Ourtubro







Dia do Poeta - 20 de Ourtubro




terça-feira, 19 de outubro de 2010

20 de Outubro - DIA DO POETA

A poesia nasceu na Grécia, berço da Civilização Ocidental, como poiesis (poihsiV), com Homero, através da "Ilíada" e da "Odisséia".

Numa primavera grega, floresce a poesia

Para o escritor argentino Jorge Luis Borges, não há como dar à poesia uma definição precisa, “tal como não podemos definir o gosto do café, a cor vermelha ou amarela nem o significado da raiva, do amor, do ódio, do pôr-do-sol ou do nosso amor pela pátria. Essas coisas estão tão entranhadas em nós que só podem ser expressas por aqueles símbolos comuns que partilhamos. Por que precisaríamos então de outras palavras?”

Mas o primeiro registro oficial que se tem de poesia, como expressão artística, remete à primavera de 534 a.C, na Grécia antiga, quando são encenadas as primeiras tragédias em Atenas, no Festival de Dionísio. Antes disso, a poesia era parte das tradições dos povos antigos em suas reuniões diante dos oráculos, sempre no início de cada primavera, quando cantavam, dançavam, gritavam seus lamentos durante rituais em que uma sacerdotisa declamava suas profecias. Nesses rituais pagãos, a dança, o canto e a poesia oral eram as formas que os homens adotavam para se aproximar dos deuses e tentar, por meio da linguagem poética - considerada pura e livre dos vícios da fala cotidiana -, compreender os fenômenos da natureza, os desígnios divinos, a vida e a morte.

Os maiores poemas épicos (épica, do grego epos – canto ou narrativa) da Grécia antiga são a "Ilíada" e a "Odisséia", de Homero, poeta que supõe-se ter vivido nos anos 700 a.C. Cego, ele cantava seus poemas na corte, para reis e nobres. Tanto a "Ilíada" quanto a "Odisséia" codificam todos os grandes mitos gregos, narrando feitos heróicos em tom eloqüente, adequado à fala em voz alta. Na tradição clássica, não somente Homero, mas também Ésquilo, Sófocles, Eurípides e todos os poetas do período cantavam ou declamavam seus poemas em público, em performances que atraíam um grande número de pessoas e emocionavam as platéias com o ritmo musical dos versos e a exposição de temas mitológicos, voltados para as profundas questões humanas.

A poesia no Brasil

O primeiro poeta a escrever no Brasil é o jesuíta José de Anchieta, que em seu trabalho de catequese, no século 16, adota o estilo dramático como meio de propagação dos valores cristãos entre os indígenas.

Poesia e música

A sonoridade é um elemento fundamental para a composição poética. Valendo-se do ritmo, da cadência dos versos, da musicalidade das palavras, a poesia sempre soa como música, mesmo quando apenas lida em silêncio ou declamada sem qualquer acompanhamento instrumental.


Dia 20 de Outubro - Dia Nacional do Poeta

O "Dia do Poeta" parece ter sido escolhido sem uma razão específica.

O "Dia do Poeta" também é comemorado em outros lugares do Brasil, no dia 4 de outubro.

Todo o dia é dia de poesia em todos os cantos do mundo. Poeta não têm dia, todo dia é dia dele.

O que direi aqui sobre o poeta?

Que o poeta é uma pessoa que para onde ele olha vê poesia e escreve:
No sol nascente, no sol se pondo, no dourado de um final de tarde, no vértice da noite onde as estrelas cintilam e a lua abre trilhas com seus raios luminosos, no sussurro do vento, no céu, no barulho das águas, na saudade, no querer, nas nuvens que passa, no regorjeio dos pássaros...
Seu olhar vê onde outros olhos não conseguem enxergar, seu coração sente a imensidão do universo...

O Poeta olha, medita, encanta, ama em versos, não consegue controlar ou prever o que o coração quer que seja colocado em poemas...

sábado, 9 de outubro de 2010

Idas e Vindas...Rita Padoin

De idas e vindas
a vida surpreende-me
pelas idas em buscas e buscas
de nada achar, retorno
o vento traz-me do mesmo jeito
que levou-me
agora porem mais forte
seguro nas asas do meu presente
o tempo vaga, não se atrase,
o tempo tem pressa e eu também
o relógio corre e corre
tento alcançá-lo e não consigo
por isso não se atrase
tenho pressa e o tempo também...

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

domingo, 3 de outubro de 2010

Vértice...Rita Padoin

Atrevo-me no ângulo da noite
a chamar-te para que regressas
um resquício de lembrança
paira na linha tênue
onde o sol deita-se
viajo no caminho onde o inevitável
busca sensações incontroláveis...

a lua derrama sobre a terra
suas gotas luminosas
meus pés vence a rota onde a trilha me espera
penetro no limiar do teu mistério
no vértice da noite
onde a sombra molda a silhueta
fico a pensar o que busco em ti
diante da sublime cintilação das estrelas...