Sob a luz pálida de uma noite sombria, o inverno se aproxima.
Ouvem-se vozes. Cantam em coro e quebra o silêncio.
Lamparinas enfileiradas sobre a bancada de madeira, enfeitam a sala
E as sombras sobre o chão, desenham o cenário de uma noite fria.
Entre a fina cortina da sala, o luar observa atentamente o cenário.
As espessas paredes coral, lembram um passado não muito distante.
A toalha estendida sobre a mesa, apoia o vaso que abraça as
hortênsias
Colhidas numa manhã fria e congelante de junho.
Entre olhares e vozes, o tempo passa, as horas se recolhem
E a luz pálida quebra o que parecia sombrio e apavorante.
A madrugada entra num súbito sacudir de ombro
A noite abre a porta da sala e sem se despedir, segue seu caminho.
Rita Padoin
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