segunda-feira, 5 de março de 2018

OLHOS DO PECADO

Os olhos do pecado, desejam o improvável.
Eles buscam desejos ocultos e mistérios irrevelados.
Os invisíveis mundos subterrâneos se abrem e
Entre os dedos escorrem a malícia da intensão.

O proibido acolhe em seus braços sem inibição,
Fragmentos do desejo que se escondem embaixo dos segredos.
Leva apenas pedaços daquilo que não é entendido.
O tempo corre, a vida morre e a intensão fica.

Os olhos do pecado, arregalados, fingem indiferença.
A luta é inevitável. O desejo arranha a alma e despedaça a morte.
Os dedos longos e frios, percorrem a pele branca como a cera,
Deixando a parte, os delírios de uma noite sombria.
Rita Padoin

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