Queremos, porém não nos pertence de certa forma.
Amamos, mas o tipo de amor que procuramos pode vir com certos empecilhos. Buscamos,
só que esta busca pode nos trazer dificuldades. Tiramos nossas próprias conclusões
diante dessas dificuldades e sofremos por algo que queremos e sabemos que nem
sempre estará disponível. São as nossas vontades acima do que a vida dispõe.
E com o desejo de sentir novamente aquele toque, aquele
olhar e aquela sensação de pertencimento, deixo a máscara cair e me visto de
luar. São os olhos mar que me deixam como se o sol estivesse sempre entre as
colinas tropicais e o céu no limite entre o agora e o que não sabemos.
Aquele toque sutil deixou marcas profundas e ainda
sinto na pele o doce sabor do momento. E naquela noite calorosa, brilhou entre
as luzes, a íris profunda e intensa. As cortinas balançaram com o rajar do
vento que entrou pelas frestas da janela. Nossos olhos se encontraram no calor
do momento e o silêncio disse tudo. Entre os lençóis, ficaram os segredos e
aqueles olhos brilharam como o mar sob o sol.
Rita Padoin
Nenhum comentário:
Postar um comentário