O medo está sempre à espreita. Vive no entremeio da
nossa consciência e nos engole como se fossemos um prato cheio. Uma mistura de
vários pontos imagináveis e inimagináveis que rondam nossa volta, nos amedrontando.
Viver é uma salada de frutas, para que possamos experimentar a doçura da vida.
Há uma lacuna perigosa entre nós. É como um submundo
escuro e frio que não sabemos onde vai dar, mas acabamos indo mesmo assim. O
medo em si vai ficando para trás. Ele nos assusta e mesmo assim seguimos. A
passagem é estreita, insegura e longa. Só que a luz que guia é mais forte que o
medo que segura.
Rita Padoin
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