Eu sou a mudança e ninguém poderá intervir naquilo
que a vida já determinou. Jamais encontrarei um outro caminho que não seja
aquele que me foi destinado. Jamais serei eu, sem ter experimentado as coisas
boas e as ruins. Sou a mescla de tudo um pouco. Sou o tudo e o nada. Sou o
espelho que reflete a minha nuance, mostrando quem sou realmente.
Dispo-me de tudo aquilo que me impede de seguir adiante.
Minhas folhas caem no outono, mas vou me renovando com as flores primaveris.
Sou dotada de esperas e de saberes. De lutas e de buscas. De amor e de
compreensão. O tapete que acolhe meus passos hoje, acolherá outros de tempos em
tempos. E nos intervalos entre as estações, ele estará estendido de várias
formas e cores.
Durante essas mudanças, estarei lá, caminhando sobre
o mesmo tapete, entre as folhas ou flores que cada estação deixou cair. Minha jornada
será sempre repleta de algum acontecimento ou luta pela minha sobrevivência. É
a mudança que acontece de tempos em tempos e que veremos em cada passo que
damos que é de dentro para fora, emanando as boas energias e a luz.
Rita Padoin
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