Poesia, minha amiga,
chegaste até mim, me olhaste nos olhos,
tomaste conta do meu ser,
fizeste da uva azeda, um vinho doce,
semeaste flores e sorrisos em jardins esquecidos,
libertaste a doce primavera que explodia em mim,
cultivaste neste peito de terra roxa abandonada,
sonhos, devaneios, sentimentos.
Feiticeira dos meus delírios de amor,
me fazes febril, mais livre, mais feliz.
Deste-me asas e soltaste minha voz,
deste-me o mister de levar a todos o que lhes cabe:
o canto e o voo, a luz e a paixão, a lucidez e a loucura,
no mistério que é a vida.
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