Quando o tempo resolve me agraciar com uns
minutinhos a mais, sinto uma nostalgia. São esses pequenos intervalos que
trazem grandes proporções. Os eventos intermediários entre o hoje e o amanhã. O
limite da espera, da escolha, da ida e da vinda. Se eu quiser seguir em frente,
tenho que entender que não posso voltar no tempo. Pois o tempo é limitado. O
tempo inexiste quando vivemos intensamente.
O silêncio esconde palavras que não serão ditas e
sim ouvidas com a alma. Uma alma leve e limpa de quaisquer eventualidades para poder
ouvi-lo. A voz do silêncio é a voz da verdade, da prudência e da sabedoria. Uma
verdade decifrável para aqueles que tiverem a coragem de se aprofundar e
atravessar o canal que o levará ao topo do sucesso interno.
Quando amamos entendemos a personalidade daquele que
vem com a mala na mão. Aquele que desce na estação mais próxima e nem percebe
que deixou para traz um passado sem expectativas. Um futuro sem sonhos e um
presente em branco. Só o amor é capaz de entender e decifrar todas essas
verdades. Vamos entendendo que a vida é um largar de expectativas e um embarcar
de sonhos.
Rita Padoin
Escritora
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