quinta-feira, 9 de julho de 2020

O RETORNO


         A grandeza das palavras está na forma que queremos passar as nossas mensagens. Levamos um tempo para entender o significado de toda essa busca interna e que nos deixa com a capacidade de enxergar o obvio. Somos uma mistura de realidade e ilusão e essa mistura nos torna o que somos hoje. O que buscamos nunca é a realidade.
O significado de todo esse contexto está nas mãos do tempo e este, torna dificultoso o nosso entendimento pelo que queremos. Entender, faz parte e a realidade nos mostra isto, porém vivemos na ilusão. Uma ilusão que tende a nos levar para outro caminho. Um caminho sem respostas, como uma rua sem saída, quando nos deparamos com ela, a percepção é lógica. Tentamos pensar qual atitude podemos tomar, mas a tendência é voltar, porque não tem saída.
         Quando temos que decidir pelo retorno, a maioria das vezes recuamos. Ficamos estáticos, parados e sem forças para lutar. Isto acontece pelo fato de não entendermos que a nossa realidade muitas vezes choca com a que nos foi apresentada. Estamos acostumados com o mais fácil e quando nos deparamos com alguma dificuldade, ficamos cansados, esgotados. Na verdade, é uma luta que já vem de muitas gerações. Não entendemos, apenas somos guiados pela nossa busca desenfreada. A nossa intuição fala constantemente, mas não percebemos.
Ainda levará um bom tempo para que consigamos ler nas entrelinhas da vida, o seu chamado. Somos pretenciosos demais para entender. Vivemos alheios e isto tem nos causado muitos estragos. Chegará um tempo em que será necessário entender que tudo é a nossa história se repetindo. Os atores terão outra característica, outro semblante, outra fisionomia, mas o espírito será o mesmo.
Com certeza teremos consciência de que precisamos estar atentos, caso contrário não conseguiremos sair ilesos dessa guerra. É uma guerra tão sangrenta que seremos esmagados mesmo antes de começar a lutar. Por isto precisamos de toda a estratégia e atenção. Já estava previsto, apenas esquecemos deste detalhe. Agora, é esquecer certas amarras e recomeçar o que já estava previsto no nosso livro de história da vida.
Rita Padoin


Nenhum comentário:

Postar um comentário