Eu queria tanto esquecer! Levar uma
vida normal sem me preocupar com alguma coisa. Que meus pensamentos fossem
mais leves às vezes. Que os mistérios fossem revelados e encarados com
naturalidade. Às vezes necessito tanto interromper o lacre e esvaziar o
recipiente! Fechar as torneiras e abrir o ralo da vida sem ficar com a
consciência pesada.
Quantas vezes acordei e parecia que o
mundo ia acabar. A garganta doía, a cabeça latejava e o peito sufocava tanto
que eu pensava que ia morrer. Sentava e
chorava feito uma criança. Depois levantava, sacudia a poeira e seguia adiante.
Tentei muitas vezes montar estratégias como se eu estivesse no meio de uma
guerra e precisasse de forças para vencer mais aquele desafio. Quantas e quantas vezes
tentei, muitas e muitas vezes. Subornava-me dizendo que seria a
última vez que eu chorava. Que os pesos seriam mais leves. Os caminhos sem
muitos tropeços e as lutas amenas. Mas nada dava muito certo.
Quantas e quantas vezes fiz coisas que
se contasse ninguém acreditaria. Mas, naquele momento de angustia e luta,
fazemos qualquer coisa para sair daquele labirinto em que nos metemos. Hoje,
vejo como foi necessário ter passado por certas coisas, mas naquele momento de
luta para sair da crise, não pensamos em nada. Apenas em sair dali. Entendo que tudo é no tempo certo, mas não precisaria ser tão complicado.
A vida nos ensina de forma singela como crescer e evoluir. O problema é conseguirmos entender o seu recado e o seu chamado. Chegará um tempo em que perceberemos e entenderemos que precisaríamos ter passado por tudo aquilo. Que estamos aqui para crescer e evoluir como ser humano e depois voltar.
A vida nos ensina de forma singela como crescer e evoluir. O problema é conseguirmos entender o seu recado e o seu chamado. Chegará um tempo em que perceberemos e entenderemos que precisaríamos ter passado por tudo aquilo. Que estamos aqui para crescer e evoluir como ser humano e depois voltar.
Rita Padoin
Nenhum comentário:
Postar um comentário