Gosto de falar dos meus sentimentos. Quando falo dos
meus sentimentos, desnudo minhas intensões, rasgo o véu da minha timidez e me
exponho completamente. Exponho meus segredos, minhas indecisões e minha
intimidade, como se eu fosse me revirar do avesso. Falar deles me deixa
completamente em fase de expansão. Revelo até a alma, que transmuta em ascensão.
Quando falo dos meus sentimentos, eles se revelam por
si só como se fossem as noites e seus mistérios irrevelados. Quando falo deles,
dispo até minha última intensão. Bebo até a última gota deste momento
intencional. Meus sentimentos são como aves libertas. Eles voam, voam, voam
pelos céus primaveris e aterrissam nas noites invernais.
São flores, arco-íris e borboletas; perfumados,
coloridos e leves. Também são ventos, tempestades e furacões. Dependendo da
situação, deixam pedaços nostálgicos de momentos vividos. Assim são meus
sentimentos, totalmente revelados...
Rita Padoin
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