segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

RECOMEÇO

Uma visão, uma mão sobre o vidro da janela.
Um pensamento alheio, longe, vago, distante
Um destino a ser traçado, uma nova vida a ser definida
Olhos distantes buscam o vazio. Vidas não vividas.

É noite. A cidade acordara. O breu lá fora apavora
Às luzes ultrapassam as cortinas que através do vidro emolduram a sala
O medo ficou do lado de fora. É tempo de repensar, de ir além
O que estava guardado a sete chaves e o que estava oculto vieram à tona.

O Jazz toca na vitrola. A nostalgia se fez presente.
O passado trouxe lembranças de um tempo que desconhecemos
E que precisava ser vivido hoje. Resquícios de uma vaga lembrança. Um filme.
Nossa música, um vinho na taça, um brinde, uma dança.

Uma caneta esquecida no móvel da sala. Um pedaço de papel sobre a mesa
História para contar. Relatos que nem lembrávamos de que um dia fez parte
Da nossa história. Vem. Chegou a hora. Precisamos revirar as páginas
Recomeçar. Reescrever. Reinventar ou talvez deixar acontecer.

A madrugada se despede neste momento e eu preciso partir.
O que precisava terminar, o tempo se encarregou de levar
Um novo período irá começar. Uma nova porta irá se abrir.
Uma nova chave no chaveiro. Um novo tempo e uma nova escolha.
Rita Padoin


terça-feira, 17 de novembro de 2015

LEMBRANÇAS

Ontem foi saudade. Hoje, apenas lembranças.
Lembranças de uma distância que havia nos separado
E que ficou inalcançável.
Quebrei meus paradigmas
Redescobri cada segundo
Cada minuto
Que a distância havia nos roubado.
O tempo se encarregou de passar por nós
Sem deixar qualquer cicatriz,
Apenas nos olhou nos olhos e resolveu nos dar uma trégua.

Hoje somos uma só alma, unidas e que o passado não separou. 

Rita Padoin

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

PRIMAVERA

É primavera!
O espetáculo da natureza começa a desabrochar
As flores que até ontem estavam em dormência
Hoje despontam para uma nova era
Um novo recomeço,
Uma nova vida.
Talvez para uns nada disso importe.
Para outros uma nova e importante jornada.


É primavera!
Mais um ano se foi e lá trás um passado que ficou distante
Uma história que ficará apenas na lembrança
Talvez para uns, boas,
Para outros, apenas resquícios de saudade.
Porém, as primaveras vêm e se vão.
Trazendo sempre com elas uma nova estação
Com grandes expectativa.


Rita Padoin

 

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

LOUCURAS DE UM DIA QUALQUER

Quero o tudo e o nada,
O sim e o não
As loucuras de um dia de verão
A introspecção de um dia de inverno
As coisas boas e doces
Não quero as inverdades
Nem as poucas palavras
Nem o tempo corrido
Quero os segredos de um dia de outono
Os primeiros raios de sol a banhar meu corpo
Quero todas as verdades
Todas as noites enluaradas.


Às vezes choro e noutras eu sorrio
Às vezes as lágrimas teimam em sair,
Noutras as retenho e elas acabam me inundando
Às vezes sinto raiva e noutras o amor me abraça forte
Às vezes sinto desejos e noutras o desejo me corroí
Às vezes as loucuras me trazem recordações,
Noutras as recordações se esvaiam
Num dia quero-te perto, noutros prefiro a distância
Assim, o tempo passa sem que eu perceba
E com ele eu também.


Rita Padoin



sábado, 29 de agosto de 2015

MINHA ROTA

O vento bateu na janela,
Forte, abrasador e ameaçador
Despertou-me e me levou pelos braços
Mostrou-me um caminho desconhecido
Cheio de cruzadas,
Esquinas,
Ruelas e
Desvios
Ondulou meus pensamentos
Trouxe-me a brisa,
Acariciou as fantasias
Despertou o que estava adormecido
Segui minha rota sem olhar para trás.

Rita Padoin

https://www.facebook.com/ritapadoinpoeta

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

UM PONTO

Tudo, aliás, é um ponto
Um ponto incerto
Um ponto sem nó
Um ponto de interrogação
Um nó atravessado
Uma incerteza dentro da outra
Uma exclamação.

A vida
A morte
Meu norte
Meu nada
Meu tudo
Verticalizado
Nas ruas desertas.

Assim, aliás, é o meu mundo
Enigmatizado
Energizado
Sem uma pretensão
Apenas uma razão
E uma loucura.

Rita Padoin


terça-feira, 11 de agosto de 2015

QUERO ACREDITAR

Quero acreditar
Nas poucas palavras soltas
Nos momentos que se dissolvem em brumas
Nas loucuras únicas
Em cada minuto do dia
Nas buscas e buscas.
Quero acreditar
Nos olhares intensos e penetrantes
Na boca que solta os verbos eloquentes
Nas mãos que deslizam sem dizer uma única palavra
Quero acreditar
No sorriso que transmite paz e harmonia
Nas lindas e delicadas frases
Nos poemas de amor
Porém, não há créditos
Nem para o som que vem com o vento
De longe e nada mais faz acreditar...

Rita Padoin
https://www.facebook.com/ritapadoinpoeta

sábado, 1 de agosto de 2015

Marvin Gaye - What's Going On


SELENA DEUSA DA LUZ

O mundo parou naquele momento em que ela despontou
Lentamente sobre o céu negro salpicado de estrelas.
Rainha coroada, deslizou delicadamente
Sobre o infinito mundo dos sonhos.
Derramou entre os meus lábios, bálsamo de amor
Momento de celebração, único e inesquecível
Abri caminho e minha alma a reverenciou.
Naquele momento até as palavras calaram-se.
Apenas o silêncio se fez presente.

O véu suave que cobria seu corpo
O vento soprou e o levou
A mostra apenas a beleza de ser mulher
Com um sorriso largo registrei cada detalhe que por alguma razão
Não poderia deixar escapar.
Silenciosamente quebrei paradigmas e
A linha imaginária que dividia o momento se desfez.
Prontamente estendi um tapete para que ela passasse
Majestosa Rainha e seu destino seguisse
Selena, Bela e Deusa da Luz.

Rita Padoin


domingo, 5 de julho de 2015

QUANDO AMO

Quando amo, me entrego.
Finjo de alguma maneira
Não entender certas coisas
Quando amo, esqueço,
Da vida, dos seus pormenores.
Quando amo,
Enlouqueço
Transpareço
Quando amo, amo apenas.

Rita Padoin

sexta-feira, 19 de junho de 2015

CAI A NOITE

Cai a noite e sobre o véu
Gotejam cintilantes e nostálgicos
Suspiros.
As horas se despedem e
Os sussurros se misturam
Deleitando-se entre o suave
Aroma de lavanda.

Cai a noite e entre os lençóis
Apenas o sabor que descreve
O prazer momentâneo.
Fecham-se as cortinas e
Por trás de todo o mistério
Apenas o negror da madrugada.

Cai a noite e os sonhos se manifestam
Entre as curvas do caminho.
As folhas outonais vestem o chão
Como bálsamos de ternura
Entre os devaneios instigantes
De uma noite de luar e eu.

Rita Padoin


domingo, 7 de junho de 2015

SEM APRESENTAÇÃO

Ainda não te conheci a fundo.
Apenas nos conhecemos
Sem apresentação.
Foi o acaso que te trouxe.
Foi no mês de março
Quase no final da estação.

Estavas vestido de branco.
No teu semblante 
Toda a certeza.
Vieste na minha direção
Sorridente e feliz.
Surpreenda-me com teu sorriso
Vem baby, chega mais perto
Quero te dizer muitas coisas
Que guardei para o momento certo
Quando nossos olhares se cruzaram
Vi um caminho sem volta
Deixa-me dizer as razões de estarmos assim
Deixa-me apresentar minhas intenções
Vem querido aqueça-me

Você é um anjo que apareceu sem avisar
A vida te trouxe nos seus braços
E me entregou sem dizer uma única palavra
Apenas deu um aceno de adeus
Deixando apenas ao acaso

Vem baby, mais perto
Quero sentir teu coração
Vem baby, nosso destino foi traçado
Somos agora dois num só
Ouça a nossa canção.

As estrelas sorriram ao ver-te
Foi um momento de celebração
Oh! Baby você nunca mais vai chorar
Talvez seja um momento de brindar
Encosta teu peito no meu e sinta o meu coração.

Rita Padoin


Seal - I Can't Stand The Rain (Video)


domingo, 17 de maio de 2015

O silêncio é a resposta das nossas incertezas, quando nos deparamos com o caminho incerto; nele encontramos nossa verdadeira identidade.
Rita Padoin
 
 

terça-feira, 5 de maio de 2015

Quando escrevemos entramos em contato com a plenitude do universo e nos perdemos nas estradas infinitas. Viajamos entre as encostas sem que as horas nos alcancem. Escrevemos porque é uma forma que encontramos de tocar suavemente o coração das pessoas. Rita Padoin

https://www.facebook.com/ritapadoinpoeta
 

segunda-feira, 27 de abril de 2015

O ACENO DA NOITE

Debruço-me nas encostas da madrugada, espero o amanhecer.
A noite abriu os braços, acenou de forma carinhosa,
Todos os meus infortúnios se foram.
Adormeci no colo da saudade.

Os sonhos interpretaram cada fase da minha conquista.
As coisas belas e preciosas duram tão poucos,
Depois que se vão não voltam mais.
Se não agarrarmos, elas evaporam e nem percebemos.

Todos os dias, hasteio minha bandeira.
Viajo deslizando pelos mares revoltos.
Os dias passam e a ansiedade também.

O relâmpago arranhou o céu com suas unhas grandes,
Deixou um zigue-zague como símbolo de sua chegada.
As janelas trepidaram com as rajadas do vento.
Gosto de sentir meu coração bater de medo.

Assim que tudo passou e o céu voltou a ser azul
Meu coração se calou. Ouvi apenas passos vindos da rua
Espiei entre os vidros e as nuvens ameaçadoras se foram
Ficou apenas o tempo me fazendo companhia.

Rita Padoin

https://www.facebook.com/ritapadoinpoeta

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Não tente levar a saudade nas asas do tempo. Leve a saudade nas asas imaginárias do pensamento. Rita Padoin
 
 

sexta-feira, 17 de abril de 2015

O amor vive nas asas do tempo e se aconchega no colo da saudade. Rita Padoin
 
 

quarta-feira, 15 de abril de 2015

MOMENTO ÚNICO

O tempo lá fora está carrancudo
Sob a árvore, um pássaro gorjeia
Amanheceu.
A cidade dorme
Não se distingue a cor do céu
O sol dorme no colo do horizonte.

A música toca calmamente
Ela está a uma altura
Que se ouve
O pássaro na árvore
Os sons se misturam.

As badaladas anunciam
O amanhecer e o compromisso
De ir à labuta
A hora chegou
Ficará apenas na lembrança
A música e o gorjear do pássaro.

Rta Padoin

domingo, 12 de abril de 2015

ESCREVO PORQUE...

Escrevo por que o tempo me espera
Nascem nas linhas imaginárias
Parte da minha história
Parte da minha vida.
 
Escrevo por que o papel aceita
Todos os meus segredos, um a um.
Cada linha, cada palavra absurda
Cada confidência, tudo registrado.

Escrevo por que meus segredos ficam guardados
Nas gavetas do tempo a sete chaves
Nada será revelado ou desvendado
Se eu não permitir.

Escrevo por que nada mais me resta
Toda aquela euforia se calou
No chão apenas restaram às cinzas
De um carnaval que passou.

Hoje calada apenas observo o cenário
Antes obscuro, hoje apenas as lembranças.
Agora me parece que há luz no final do túnel
Sigo sem olhar para trás em busca do destino.

Rita Padoin

terça-feira, 7 de abril de 2015

NADA RESTOU

Nada restou na sala de estar
Nada restou no quarto
Apenas as marcas do passado
São as lembranças
Que me atormentam
Passo pelo corredor escuro
Só a claridade da lua
Bate na parede
Pela janela da sala.

Cadê você!
Está vazia a casa
Perco o sono e ouço a música
Que vem lá de fora

A janela está aberta
A noite é longa
A madrugada se estende

Ouço passos
E o sono não vem
Quem sabe se você estivesse aqui
A noite seria breve
O tempo pararia
Restaria apenas
O nosso momento.

Rita Padoin

sexta-feira, 3 de abril de 2015

VAGO PELO MUNDO

Eu vago pelo mundo
Procurando coisas
Alimentando meu coração
Vagabundo
Eu procuro, procuro e não encontro
Tudo me parece muito estranho.

Eu ando pelas ruas
Presto atenção em tudo
Eu já fui mais feliz
Já amei
Já perdi
Já ganhei

Ando, ando, sem parar
O destino sempre quis
Que eu vagasse
Só quero me lembrar
Que um dia já fui alguém

Onde foi exatamente que parei?
Parece-me que foi antes
De tudo terminar.

Rita Padoin

                                          ________arte de Christian Schloe

Danni Carlos - Coisas que eu sei


segunda-feira, 23 de março de 2015

TEMPO RESERVADO

A mesa está posta
Há sobre ela uma toalha branca
Os guardanapos estão alinhados
O café será servido
Em seguida
Senta e degusta
Preparei para você.

Será um longo momento
Dialogado entre as palavras
E o tempo reservado
Façamos o seguinte
Esqueçamos as horas
Lembramos apenas o agora.

O momento nos reservou
Este encontro
Fazia muito tempo
Que estávamos esperando
Lembra?
Ele aconteceu!
Como havíamos planejado.

Agora é só aproveitar!

Rita Padoin

sábado, 21 de março de 2015

CHEGADA DO OUTONO

O outono vem descendo a colina
Apressadamente.
Ao perceber a sua chegada
A brisa cantou suavemente
O verão afivelou as malas
Despediu-se com um aceno tímido.

As nuvens densas encobriam o céu
O vento varria a terra
Agitando as folhas.

Minhas asas desdobraram
Com um simples voo
Alcancei o infinito.
Junto com o verão
Abracei o espaço e
Fomos para um lugar desconhecido.

Rita Padoin

sábado, 28 de fevereiro de 2015

TEMPO DE ESPERA

Olha quanta emoção
A vida nos reservou!
Nada foi planejado
Apenas aconteceu
Sem intenção
Sem delongas
Sem interferências.

Foi o tempo de espera
Entre o ontem e o agora
Pareceu-me distante
Inalcançável
Impalpável
Porém, aconteceu
Como tinha sido planejado
Pelo tempo
Pela vida
Pelos deuses.

Chegou à ocasião
De festejarmos
Que seja então um tempo
De festas
De brindes
De felicidades.

Rita Padoin

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

MOMENTO ÚNICO

O tempo lá fora
Está carrancudo
Sob a árvore um pássaro gorjeia
Apenas amanheceu
A cidade ainda dorme
Não se distingue a cor do céu
O sol dorme no colo do horizonte.

A música toca calmamente
Ela está a uma altura
Que consigo ouvir
O pássaro na árvore
Os sons se misturaram.

As badaladas anunciam
O amanhecer e o compromisso
De ir para a labuta
A hora chegou
Ficará apenas na lembrança
A música e o gorjear do pássaro.

Rita Padoin

domingo, 1 de fevereiro de 2015

VENTO NEGRO

A vida é muito maior que as quatro paredes deste quarto.
Lá fora o destino tem pressa, pressa de libertação
O vento negro está se aproximando com muita rapidez
Avisou-me que sua chegada será cheia de intenções.

Não me surpreendi muito com a novidade
Apenas imaginei que seria uma tempestade passageira
Que chegaria para revirar toda uma estrutura
Planejada para as mudanças e iria embora.

Enganei-me ao pensar desta forma
O nosso destino tem nossa vida em suas mãos
Sem dar oportunidades para que seja do nosso modo
Convivemos e aprendemos a lidar com a situação.

A data da chegada do vento negro se aproxima rapidamente
Deixou rastros ameaçadores de devastações
Porém nada que interfira internamente
Somente um adeus de uma para outra vida.

Rita Padoin
https://www.facebook.com/ritapadoinpoeta

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

TAMBORILAR DA ÁGUA

De repente o céu escureceu e o tempo mudou muito rápido. De um calor que trincava a terra, a uma temperatura amena. Quase frio. As nuvens ficaram densas e o vento cantou mais alto que de costume. A água da chuva está revolta. O vento virou e todas as árvores dançam ao mesmo ritmo, frenético. Parece outono.
 
Da janela apenas observei o bambolear da chuva que batia no chão. Fechei as janelas e não deixei uma única fresta por onde pudesse penetrar o som do vento, o murmúrio das folhas, o gorjear dos pássaros ou o toc toc dos passos passando pela rua.
 
Continuei observando atentamente as mudanças bruscas. A chuva aumentou a sua intensidade e a música que tocava quase não se ouvia. A rua ficou um tapete molhado que formavam ondas em contato com o vento. A grama se levantou para ver o que estava acontecendo.
 
Desliguei a música e apenas fiquei a ouvir o som da água tamborilando sobre a terra...
 
Rita Padoin

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

O AMOR

O amor
É como amar
É como o mar
É como o ar
É como o a
É como o
É como
É.....amor enfim!

Rita Padoin

______arte de catrin-welz-stein

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

RENASCIMENTO

Minha eterna caminhada vem de sombras
Cujas noites enfim deleitam meu ser.
Imponderáveis és tu presas imóveis
Sustentam meus amores ocultos.

Renasço dia a dia em cada momento
Reinscrevo minha história perdida
No passado de grandes mistérios
Sou senão os ramos do jardim escondido.

Oh! Poderoso rei das profundezas
Não destrói as cavernas de onde escorrem
As águas límpidas e cristalinas
Habita em mim o líquido transparente.

Rita Padoin

___________arte Salvador_Dali

MINHA EXISTÊNCIA

Se no final da minha existência
Restar-me apenas a minha ansiedade
Perturbar-me-ei ao final de cada dia
E aflita me tornarei enfim.

Se fantasias forem criadas por meios ilícitos
Verdades ocultadas ofuscando meu entender
Dilatarei todas as inverdades desnecessárias
Cultivarei apenas aquilo que florescer.

Se a revolta se abrigar entre as linhas imaginárias
Correrei por entre os campos sem fim
Darei todas as minhas forças e lutarei contra
Monstros que apenas eu mesma criei.

Enfraquecer-se-ia durante as lutas
Persistirei na ânsia de ganhar a batalha
Buscarei apenas o amor pela vida
Assim terei o eterno e belo entender.

Rita Padoin

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

TEMPLO

As grandes colunas mostram a sutileza
Sobre as cores pastéis abrigam a beleza
Do ponto arquitetônico daquele belo lugar
Entre o ponto final e o intervalo restou apenas frieza.

Caminhei por entre os corredores largos e sem fim
E pisei pelos fortes granitos geometricamente desenhados
Limitei-me a olhar firme para uma direção
Buscando encontrar o vazio que ali habitava.

Frente aos arvoredos penetrei sem hesitar
Dei-me com frondosas amoreiras
Colhi-as uma a uma, me deliciei com seu sabor
Doce das vermelhas e apetitosas amoras.

Rita Padoin
https://www.facebook.com/ritapadoinpoeta

__________arte de Felix Mas