Sejais como o outono
Apesar do amarelar das folhas das árvores
E a queda da temperatura
A luz do poente se iguala a sua cor
E o crepúsculo como uma benção despede-se
Os ipês adormecem sobre as mãos
Da sombra do outono que acaricia seu dorso
Entre os pinheiros que balançam
Com o cantar dos ventos sul
Entre as colinas por detrás das montanhas
Sejais como o inverno
Apesar das névoas tristes
O vento frio agitar as folhas
Os pássaros com sua orquestra
Gorjeiam com sua sinfonia
A anciã cobre seu rosto escondendo
A idade avançada que através das rugas
Mostram a sua longa caminhada
Por entre os vales alvos e distantes
Que o inverno cobriu-o intensamente
Sejais como a primavera
Que em tempo de intempéries
As flores não deixam de florir
E seu balsamo perfumar e Inspirar
Os olhares apreciadores dos enamorados.
Sejais como o verão
Mesmo o sol aparecendo em demasia e
As árvores permanecendo imóveis
O sorriso das crianças quebra
O candente do verão que reina no momento
O mar não dorme enquanto passa as estações
Permanece vigilante enquanto o navio
Cruza as linhas do horizonte
A noite se encolhe de frio
E o vento ruge deixando as águas serenas...
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