10º Concurso de Poesia realizado pela Biblioteca Lydia Frayze, do Município de Ourinhos – SP, com o poema “O Rio”. Tirei o 3º lugar na categoria 4.
Uma homenagem ao rio que corta a cidade de Urussanga. Passando fiquei observando o seu curso e a sua coloração, saiu a inspiração. Abaixo o poema.
O rio que corta a pitoresca cidade interiorana
Segue solitário entre as curvas e trajetos íngremes
E se desfaz, como tantos outros, no mar.
Enquanto o rio transita, a cidade segue sua vida
Como se o rio não existisse e nem lhe pertencesse.
Durante seu percurso, os cidadãos seguem suas vidas
Sem olhar com carinho e cuidado, como deve ser.
Lixos são jogados diariamente sem a mínima noção.
Assim, ele vai morrendo aos poucos sem ser notado.
Ouço seus lamentos e sua dor.
Sem o devido cuidado, sua coloração vai mudando,
Deixando de ser quem ele é: límpido e vivo.
O rio e vários de seus afluentes estão em piores situações.
Morrendo dia-a-dia sem qualquer proteção.
Água de boa qualidade deve ser incolor, insípida e inodora.
Precisamos amar os rios e seus afluentes.
É hora de agir, pois o risco de escassez é grande.
Há um chamamento. Um lamento para a população
Se mobilizar em prol da sua conservação e dos recursos
Hídricos ou morreremos junto com o rio.