O amor é eterno.
O resto finda
O corpo morre
A alma transcende.
Sou amor
Da cabeça aos pés.
O que é tangível
Morre pelo caminho.
Tudo pode
Tudo morre
Tudo ocorre
Dentro do coração.
O amor eleva
Numa fração
O tempo corre
Numa emoção.
Rita Padoin
O amor é eterno.
O resto finda
O corpo morre
A alma transcende.
Sou amor
Da cabeça aos pés.
O que é tangível
Morre pelo caminho.
Tudo pode
Tudo morre
Tudo ocorre
Dentro do coração.
O amor eleva
Numa fração
O tempo corre
Numa emoção.
Rita Padoin
Um dia a saudade me tocou forte
Não sabia de onde ela tinha vindo
Foi como um vento repentino que
Sem avisar e sem esperar
Veio e bagunçou tudo
Meus olhos se abriram
E meu coração se alargou
Foram minutos intensos e longos
Passou e sem deixar vestígios se foi e
A saudade também.
Rita Padoin
Embora as minhas ilusões
Aparentemente me limitem
Visto meu melhor vestido
Saio em caminhadas leves
E sutis, na busca do meu
Verdadeiro Eu
Ele me abraça forte.
Cada passo, cada olhar,
Cada sentimento, embarco
Nessa viagem e levo
Na bagagem apenas
Meus sentimentos bons.
Rita Padoin
Deixei para trás tudo
O que me espetava
Tudo o que me atormentava
Tudo o que me esmagava
E me sufocava.
São tantas colocações
Tantas emoções
Tantas camadas
Todas ao mesmo tempo
Um vendaval de peças soltas.
Vivo de momentos
De expectativas
Às vezes me surpreendem
Noutras apenas um devaneio
De emoções e de tentações.
Rita Padoin
Fui
convidada pela Coordenadora do Projeto “Ler é uma aventura”, Edneia Junkes, para
dar palestras sobre “Poesia”, na E.E.B. Dr. Miguel de Patta, em Grão Pará.
O projeto
tem como tema “Qualquer hora é hora de
ler” e o propósito do mesmo é de motivar os alunos ao processo de leitura,
contribuindo para a formação de cidadãos críticos e participativos, que
adquiram competência para opinar e expressar suas ideias, obtendo melhor
interação na sociedade.
Gratidão
a Direção da Escola, a coordenadora Edneia e a Professora Jane, pelo convite e
pela oportunidade de fazer parte desse projeto tão significativo e importante
na vida e no dia a dia dos alunos.
Parabéns
a todos(as) envolvidos.
Casas enfileiradas
Casas coloridas
Símbolos de cultura
Que contam histórias
De século passado
A Dona olha pela janela
A moça caminha pelas ruelas
Faceira com seu vestido rodado
O moço olha de soslaio
Interessado em namorá-la.
Eta vida boa, meu Deus.
Rita Padoin
Abro a janela e deparo-me
com uma beleza desigual
flores desabrochando
colorido presente
perfume no ar
primavera batendo em minha porta
O que era cinza e frio
deu lugar ao brilho do sol
ao azul do céu
ao canto dos pássaros
à alegria das crianças
à palpitação de nossos corações
Com um sorriso e de braços abertos
Doou as boas vindas
Junto com a primavera
Me renovo...
Me inspiro...
espero as mudanças
de uma vida nova
tanto esperada...
Rita Padoin
Do Livro "Alma do Mar"
Nenhum de nós vive apenas
por viver. Todos nós temos um sonho, um ideal ou um propósito. Vivemos porque
sonhamos. Se não tivéssemos este propósito, estaríamos mortos. Quando falo em
morte, falo da morte do espírito e não a da carne. A carne é apenas uma
roupagem para nosso espirito habitar. Sem ela seríamos invisíveis. Às vezes
preferíamos ser invisíveis. Mas, nem tudo está ao nosso alcance. Se estamos aqui,
é para aprender uns com os outros.
Temos
necessidade de viver na correria. E porque não vivemos na calmaria? Será que
nossa vida é tão desnecessária assim que vivemos e não nos importamos muito com
o que acontece com ela? Ou será que queríamos que fosse da nossa maneira? São
muitas perguntas. Mas, para entendermos o seu significado, temos que aprender a
andar sozinhos. Aprender, que viver é uma luta constante e se não estivermos atentos
ao que acontece ao nosso redor, fracassaremos.
E por
falar em fracassar, ninguém está preparado para a derrota. Esta palavra apavora
muita gente. Ninguém entende que às vezes fraquejar é uma forma de aprender
sobre os mistérios da vida e sobre nós. O que muitas vezes para nós é derrota,
para a vida é vitória. Sem tropeços não conseguimos enxergar um palmo a frente,
pois estaríamos alheios aos acontecimentos. O sucesso é fruto de derrotas.
Rita Padoin
10º Concurso de Poesia realizado pela Biblioteca Lydia Frayze, do Município de Ourinhos – SP, com o poema “O Rio”. Tirei o 3º lugar na categoria 4.
As alegrias vêm e vão
Só a saudade fica.
Ela entranha na nossa pele
E só nos deixa quando permitimos.
Alegrias são momentos
Saudades alimento.
A vida caminha e se não acompanhamos
Vamos ficando e nem nos damos conta
De que a porta se fechou.
O olhar tem que estar atento.
As alegrias estão dentro de nós
Cada qual com sua mensagem
Com sua abordagem e
As suas aprendizagens.
Vivemos o hoje!
O momento.
As horas.
Os minutos
E os segundos
Porque a vida segue sem olhar para trás.
Rita Padoin
Verdades sobre nós, ficam
estampadas. É como se um filme estivesse passando para todos assistirem. Somos assim,
visíveis. Por isto, acabamos deixando transparecer tudo aquilo que não
queríamos e que na verdade as pessoas de fora acabaram percebendo e nós não. Vivemos
sobre tetos de vidro. Pisamos levemente com medo dele se quebrar e nos
machucar, mas já estávamos machucados antes de pisar nele.
Nosso papel sempre se
inverte. Um papel fundamental que leva por um caminho desconhecido. Caminhamos
e não percebemos, pois estamos desgovernados. É como se um trem saísse dos
trilhos e não conseguíssemos controlar. Não tem o que se fazer se não estamos
atentos. Dirigir nossa vida, é como dirigir um trem, por exemplo. Precisamos de
atenção. Atenção redobrada, pois qualquer descuido, podemos sair dos trilhos.
A vida é assim. Não nos
mostra os caminhos, ela nos dá os caminhos. E temos que saber trilhar com
sabedoria e entender que encontraremos muitas dificuldades. É por isto que
acabamos nos machucando e aquele teto de vidro quebrando. Saber que as
dificuldades fazem parte da nossa caminhada é fundamental e vai nos ajudar a
trilhar com mais discernimento. A vida nos dá a possibilidade de trilhar com
convicção e saber que temos esse poder. Vai de nós entender o seu propósito.
Esse
é o nosso papel aqui. Entender, aceitar, desapegar e trilhar com sabedoria. Daqui
nada levamos, mas enquanto estivermos aqui, temos o dever de viver em prol de
um bem maior.
Rita Padoin
Uma tarde de sábado chuvosa, fria e cinza, mas o
calor humano deixou o ambiente aquecido, colorido e poético.
Como o nome já diz “Paraíso”, um lugar de boas
energias e receptividade. Quando nos deparamos com uma equipe unida e que recebe
de portas abertas uma ideia, só podemos bater palmas.
Hoje, dia 24/08/2024, dei uma palestra no Paraíso da Criança sobre “Poesia”. Foi um momento único e especial.
Gratidão ao Presidente Jose Elson Bittencourt, a Francine Maito Oliveira e toda a equipe daquela instituição pelo acolhimento, oportunidade e carinho.
O perfil da natureza humana é demonstrar amor através de gestos e as palavras acabam ficando engavetadas. E nesta gaveta morre o alfabeto. Morre a espera por uma única palavra. Cada letra que se encaixa lado a lado e acaba formando uma palavra, se desfaz completamente. Assim, morre o sonho daquele que esperou em vão por não compreender que às vezes os gestos complementam o amor.
Rita Padoin
Felicidade, quando chega,
Chega sem avisar
Acorda os passarinhos
E cedo começam a cantar
Avisam que o amor chegou
Muda tudo ao redor
A moça se alegra
A tristeza vai embora
O coração bate forte
Levando os dissabores
A porta se fecha
Deixando a tristeza lá fora.
Tem dias que não precisamos de nada. Nem de um
abraço apertado. Nem de um papo amigo. Nem daquela torta deliciosa que tanto
amamos. Estamos tão bem, tão leves, que sozinhos somos autossuficientes. Tem
dias que apenas o sol nos aquecendo já é tão caloroso que nada mais importa.
Quando estamos bem, até aqueles trabalhos que não
gostamos, passam a ter um outro significado. Como uma limpeza na casa ou uma
limpeza nas gavetas que já estavam entupidas de coisas inúteis e nem nos
dávamos conta. Como aquelas roupas velhas ou aqueles sapatos que temos pena de
doar.
Tem tantas coisas aleatórias ou insignificantes que vamos
deixando de lado e quando percebemos estamos lá de novo, abraçando. Como por
exemplo o sentimento. Aquele sentimento antigo, que nos fez sofrer tanto e que
agora nos deparamos pensado nele. Com o passar do tempo acabou virando
importante. Ficamos nos questionando: Por que era insignificante, e agora virou
importante? Será que não tínhamos fechado ciclos? Será que só tinha ficado
adormecido e agora renasceu? Não sabemos. Tem coisas que é melhor deixar pra
lá.
Renascer é o mais importante. Sabemos que quando
renascemos estamos vivos. Viver é isto. Nascer, morrer, renascer e seguir em
frente.
Rita Padoin
Minha mãe sempre me pergunta:
- Quando vais terminar de escrever?
- Nunca. Respondo
A escrita fez de mim morada. Se eu não
conseguir colocar para fora, morrerei. Escrevo porque preciso. Escrevo porque é
o meu alimento. Escrevo porque tenho necessidades urgentes. Escrevo porque ser
escritor também é uma profissão.
Outras pessoas me perguntam também:
- Não estás aposentada?
- Sim. Respondo. Mas, tenho o outro
trabalho que é o de escrever.
Mesmo que muitas pessoas não levem a sério
a escrita, eu considero um trabalho. O meu trabalho. A minha profissão. O meu
refúgio. A minha casa. A minha fuga. O meu remédio. A minha cura. É nas
entrelinhas que coloco pra fora todas as minhas angústias, meus medos, minhas
loucuras, meus devaneios e as minhas necessidades.
Mesmo que eu não tenha que cumprir
horários como uma empresa. Mesmo que eu esteja em casa. Não tenho hora para
escrever. É como se eu estivesse de plantão 24 horas por dia. Quando a
inspiração vem tenho que estar preparada para recebê-la. Então, ser escritor é
uma profissão sim e não adianta dizer o contrário.
Agradeço a Deus todos os dias pelo presente que ele me deu. Se a escrita não existisse na minha vida eu estaria morta. Então, vivo porque para eu poder existir preciso urgentemente escrever.
Rita Padoin
Estamos sempre caminhando na direção que achamos ser
a correta. Quando nos deparamos com alguma situação inusitada nos apavoramos.
Isto acontece porque vivemos com a ideia de que encontraremos lá na frente aquilo
que sonhávamos. Que nosso sonho estaria logo ali. Caminhamos, caminhamos,
caminhamos e chega um determinado momento em que nos vemos sem saída. Vemo-nos
numa encruzilhada. Que aqueles sonhos que achávamos que poríamos a mão, não
existe. Sonhos são o nosso hoje. O nosso caminhar. O nosso momento. Sonhos são
momentos vividos intensamente no presente e não no futuro.
Rita Padoin