segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

Amor Eterno

O amor é eterno.

O resto finda

O corpo morre

A alma transcende.

 

Sou amor

Da cabeça aos pés.

O que é tangível

Morre pelo caminho.

 

Tudo pode

Tudo morre

Tudo ocorre

Dentro do coração.

 

O amor eleva

Numa fração

O tempo corre

Numa emoção.

 

Rita Padoin

sábado, 16 de novembro de 2024

A Saudade

Um dia a saudade me tocou forte

Não sabia de onde ela tinha vindo

Foi como um vento repentino que

Sem avisar e sem esperar

Veio e bagunçou tudo

Meus olhos se abriram

E meu coração se alargou

Foram minutos intensos e longos

Passou e sem deixar vestígios se foi e

A saudade também.

 

Rita Padoin

sábado, 2 de novembro de 2024

Sentimentos Bons

Embora as minhas ilusões

Aparentemente me limitem

Visto meu melhor vestido

Saio em caminhadas leves

E sutis, na busca do meu

Verdadeiro Eu

Ele me abraça forte.

Cada passo, cada olhar,

Cada sentimento, embarco

Nessa viagem e levo

Na bagagem apenas

Meus sentimentos bons.


Rita Padoin

terça-feira, 29 de outubro de 2024

29 de Outubro - Dia Nacional do Livro

Ao ler um livro, o leitor descobrirá a verdadeira essência poética enraizada nas veias de quem o escreveu, despertando assim, a poesia esquecida nas veias de quem está nesta viagem.

Rita Padoin

sábado, 12 de outubro de 2024

Devaneio

Deixei para trás tudo

O que me espetava

Tudo o que me atormentava

Tudo o que me esmagava

E me sufocava.

 

São tantas colocações

Tantas emoções

Tantas camadas

Todas ao mesmo tempo

Um vendaval de peças soltas.

 

Vivo de momentos

De expectativas

Às vezes me surpreendem

Noutras apenas um devaneio

De emoções e de tentações.

 

Rita Padoin

terça-feira, 8 de outubro de 2024

Palestra sobre "Poesia"

Fui convidada pela Coordenadora do Projeto “Ler é uma aventura”, Edneia Junkes, para dar palestras sobre “Poesia”, na E.E.B. Dr. Miguel de Patta, em Grão Pará.


O projeto tem como tema “Qualquer hora é hora de ler” e o propósito do mesmo é de motivar os alunos ao processo de leitura, contribuindo para a formação de cidadãos críticos e participativos, que adquiram competência para opinar e expressar suas ideias, obtendo melhor interação na sociedade.


Gratidão a Direção da Escola, a coordenadora Edneia e a Professora Jane, pelo convite e pela oportunidade de fazer parte desse projeto tão significativo e importante na vida e no dia a dia dos alunos.


Parabéns a todos(as) envolvidos. 








quarta-feira, 2 de outubro de 2024

Cidade Pitoresca

Casas enfileiradas

Casas coloridas

Símbolos de cultura

Que contam histórias

De século passado

 

A Dona olha pela janela

A moça caminha pelas ruelas

Faceira com seu vestido rodado

O moço olha de soslaio

Interessado em namorá-la.

 

Eta vida boa, meu Deus.


Rita Padoin

domingo, 22 de setembro de 2024

Primavera

Abro a janela e deparo-me

com uma beleza desigual

flores desabrochando

colorido presente

perfume no ar

primavera batendo em minha porta

 

O que era cinza e frio

deu lugar ao brilho do sol

ao azul do céu

ao canto dos pássaros

à alegria das crianças

à palpitação de nossos corações

 

Com um sorriso e de braços abertos

Doou as boas vindas

Junto com a primavera

Me renovo...

Me inspiro...

espero as mudanças

de uma vida nova

tanto esperada...


Rita Padoin

Do Livro "Alma do Mar"

quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Derrota x Sucesso

Nenhum de nós vive apenas por viver. Todos nós temos um sonho, um ideal ou um propósito. Vivemos porque sonhamos. Se não tivéssemos este propósito, estaríamos mortos. Quando falo em morte, falo da morte do espírito e não a da carne. A carne é apenas uma roupagem para nosso espirito habitar. Sem ela seríamos invisíveis. Às vezes preferíamos ser invisíveis. Mas, nem tudo está ao nosso alcance. Se estamos aqui, é para aprender uns com os outros.

          Temos necessidade de viver na correria. E porque não vivemos na calmaria? Será que nossa vida é tão desnecessária assim que vivemos e não nos importamos muito com o que acontece com ela? Ou será que queríamos que fosse da nossa maneira? São muitas perguntas. Mas, para entendermos o seu significado, temos que aprender a andar sozinhos. Aprender, que viver é uma luta constante e se não estivermos atentos ao que acontece ao nosso redor, fracassaremos.

          E por falar em fracassar, ninguém está preparado para a derrota. Esta palavra apavora muita gente. Ninguém entende que às vezes fraquejar é uma forma de aprender sobre os mistérios da vida e sobre nós. O que muitas vezes para nós é derrota, para a vida é vitória. Sem tropeços não conseguimos enxergar um palmo a frente, pois estaríamos alheios aos acontecimentos. O sucesso é fruto de derrotas.

 

Rita Padoin

terça-feira, 10 de setembro de 2024

Concurso de Poesia

10º Concurso de Poesia realizado pela Biblioteca Lydia Frayze, do Município de Ourinhos – SP, com o poema “O Rio”. Tirei o 3º lugar na categoria 4.

Uma homenagem ao rio que corta a cidade de Urussanga. Passando fiquei observando o seu curso e a sua coloração, saiu a inspiração. Abaixo o poema.

O Rio

O rio que corta a pitoresca cidade interiorana
Segue solitário entre as curvas e trajetos íngremes
E se desfaz, como tantos outros, no mar.
Enquanto o rio transita, a cidade segue sua vida
Como se o rio não existisse e nem lhe pertencesse.

Durante seu percurso, os cidadãos seguem suas vidas
Sem olhar com carinho e cuidado, como deve ser.
Lixos são jogados diariamente sem a mínima noção.
Assim, ele vai morrendo aos poucos sem ser notado.
Ouço seus lamentos e sua dor.

Sem o devido cuidado, sua coloração vai mudando,
Deixando de ser quem ele é: límpido e vivo.
O rio e vários de seus afluentes estão em piores situações.
Morrendo dia-a-dia sem qualquer proteção.
Água de boa qualidade deve ser incolor, insípida e inodora.

Precisamos amar os rios e seus afluentes.
É hora de agir, pois o risco de escassez é grande.
Há um chamamento. Um lamento para a população
Se mobilizar em prol da sua conservação e dos recursos
Hídricos ou morreremos junto com o rio.

Rita Padoin
Escritora

sábado, 7 de setembro de 2024

As Alegrias

As alegrias vêm e vão

Só a saudade fica.

Ela entranha na nossa pele

E só nos deixa quando permitimos.

Alegrias são momentos

Saudades alimento.

A vida caminha e se não acompanhamos

Vamos ficando e nem nos damos conta

De que a porta se fechou.

O olhar tem que estar atento.

As alegrias estão dentro de nós

Cada qual com sua mensagem

Com sua abordagem e

As suas aprendizagens.

Vivemos o hoje!

O momento.

As horas.

Os minutos

E os segundos

Porque a vida segue sem olhar para trás.

 

Rita Padoin

domingo, 1 de setembro de 2024

Nosso Papel

Verdades sobre nós, ficam estampadas. É como se um filme estivesse passando para todos assistirem. Somos assim, visíveis. Por isto, acabamos deixando transparecer tudo aquilo que não queríamos e que na verdade as pessoas de fora acabaram percebendo e nós não. Vivemos sobre tetos de vidro. Pisamos levemente com medo dele se quebrar e nos machucar, mas já estávamos machucados antes de pisar nele.

Nosso papel sempre se inverte. Um papel fundamental que leva por um caminho desconhecido. Caminhamos e não percebemos, pois estamos desgovernados. É como se um trem saísse dos trilhos e não conseguíssemos controlar. Não tem o que se fazer se não estamos atentos. Dirigir nossa vida, é como dirigir um trem, por exemplo. Precisamos de atenção. Atenção redobrada, pois qualquer descuido, podemos sair dos trilhos.

A vida é assim. Não nos mostra os caminhos, ela nos dá os caminhos. E temos que saber trilhar com sabedoria e entender que encontraremos muitas dificuldades. É por isto que acabamos nos machucando e aquele teto de vidro quebrando. Saber que as dificuldades fazem parte da nossa caminhada é fundamental e vai nos ajudar a trilhar com mais discernimento. A vida nos dá a possibilidade de trilhar com convicção e saber que temos esse poder. Vai de nós entender o seu propósito.

          Esse é o nosso papel aqui. Entender, aceitar, desapegar e trilhar com sabedoria. Daqui nada levamos, mas enquanto estivermos aqui, temos o dever de viver em prol de um bem maior.

 

Rita Padoin

sábado, 24 de agosto de 2024

Palestra no Paraíso da Criança

Uma tarde de sábado chuvosa, fria e cinza, mas o calor humano deixou o ambiente aquecido, colorido e poético.

Como o nome já diz “Paraíso”, um lugar de boas energias e receptividade. Quando nos deparamos com uma equipe unida e que recebe de portas abertas uma ideia, só podemos bater palmas.

Hoje, dia 24/08/2024, dei uma palestra no Paraíso da Criança sobre “Poesia”. Foi um momento único e especial.

Gratidão ao Presidente Jose Elson Bittencourt, a Francine Maito Oliveira e toda a equipe daquela instituição pelo acolhimento, oportunidade e carinho. 






segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Gestos e Palavras

O perfil da natureza humana é demonstrar amor através de gestos e as palavras acabam ficando engavetadas. E nesta gaveta morre o alfabeto. Morre a espera por uma única palavra. Cada letra que se encaixa lado a lado e acaba formando uma palavra, se desfaz completamente. Assim, morre o sonho daquele que esperou em vão por não compreender que às vezes os gestos complementam o amor. 

Rita Padoin

sexta-feira, 9 de agosto de 2024

Felicidade

Felicidade, quando chega,
Chega sem avisar
Acorda os passarinhos
E cedo começam a cantar
Avisam que o amor chegou
Muda tudo ao redor
A moça se alegra
A tristeza vai embora
O coração bate forte
Levando os dissabores
A porta se fecha
Deixando a tristeza lá fora.



quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Melhor Deixar Pra Lá

Tem dias que não precisamos de nada. Nem de um abraço apertado. Nem de um papo amigo. Nem daquela torta deliciosa que tanto amamos. Estamos tão bem, tão leves, que sozinhos somos autossuficientes. Tem dias que apenas o sol nos aquecendo já é tão caloroso que nada mais importa.

Quando estamos bem, até aqueles trabalhos que não gostamos, passam a ter um outro significado. Como uma limpeza na casa ou uma limpeza nas gavetas que já estavam entupidas de coisas inúteis e nem nos dávamos conta. Como aquelas roupas velhas ou aqueles sapatos que temos pena de doar.

 

Tem tantas coisas aleatórias ou insignificantes que vamos deixando de lado e quando percebemos estamos lá de novo, abraçando. Como por exemplo o sentimento. Aquele sentimento antigo, que nos fez sofrer tanto e que agora nos deparamos pensado nele. Com o passar do tempo acabou virando importante. Ficamos nos questionando: Por que era insignificante, e agora virou importante? Será que não tínhamos fechado ciclos? Será que só tinha ficado adormecido e agora renasceu? Não sabemos. Tem coisas que é melhor deixar pra lá.

 

Renascer é o mais importante. Sabemos que quando renascemos estamos vivos. Viver é isto. Nascer, morrer, renascer e seguir em frente.

 

Rita Padoin

sexta-feira, 26 de julho de 2024

25 de Julho Dia do Escritor

Minha mãe sempre me pergunta:

- Quando vais terminar de escrever?

- Nunca. Respondo

 

A escrita fez de mim morada. Se eu não conseguir colocar para fora, morrerei. Escrevo porque preciso. Escrevo porque é o meu alimento. Escrevo porque tenho necessidades urgentes. Escrevo porque ser escritor também é uma profissão.

 

Outras pessoas me perguntam também:

- Não estás aposentada?

- Sim. Respondo. Mas, tenho o outro trabalho que é o de escrever.

 

Mesmo que muitas pessoas não levem a sério a escrita, eu considero um trabalho. O meu trabalho. A minha profissão. O meu refúgio. A minha casa. A minha fuga. O meu remédio. A minha cura. É nas entrelinhas que coloco pra fora todas as minhas angústias, meus medos, minhas loucuras, meus devaneios e as minhas necessidades.

 

Mesmo que eu não tenha que cumprir horários como uma empresa. Mesmo que eu esteja em casa. Não tenho hora para escrever. É como se eu estivesse de plantão 24 horas por dia. Quando a inspiração vem tenho que estar preparada para recebê-la. Então, ser escritor é uma profissão sim e não adianta dizer o contrário.

 

Agradeço a Deus todos os dias pelo presente que ele me deu. Se a escrita não existisse na minha vida eu estaria morta. Então, vivo porque para eu poder existir preciso urgentemente escrever. 


Rita Padoin

sábado, 20 de julho de 2024

Sonhos

Estamos sempre caminhando na direção que achamos ser a correta. Quando nos deparamos com alguma situação inusitada nos apavoramos. Isto acontece porque vivemos com a ideia de que encontraremos lá na frente aquilo que sonhávamos. Que nosso sonho estaria logo ali. Caminhamos, caminhamos, caminhamos e chega um determinado momento em que nos vemos sem saída. Vemo-nos numa encruzilhada. Que aqueles sonhos que achávamos que poríamos a mão, não existe. Sonhos são o nosso hoje. O nosso caminhar. O nosso momento. Sonhos são momentos vividos intensamente no presente e não no futuro. 

 

Rita Padoin

quarta-feira, 17 de julho de 2024

Videopoema - Apesar do Inverno


 (VIDEOPOEMA] “Apesar do Inverno”, de Rita Padoin, declamado por Eliana Maccari

Livro: O Som do Invisível (2013)

O videopoema faz parte do projeto “O Impacto da Poesia na Vida Cotidiana”, contemplado pelo Edital Nº 02/2023, de seleção de projetos para firmar Termo de Execução Cultural com recursos da Lei complementar Nº 195/2022 (Lei Paulo Gustavo) – Demais Áreas, do Município de Urussanga (SC)

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FICHA TÉCNICA
Concepção: Rita Padoin
Declamação: Adriano Medeiros, Edi Carlos de Rezende, Eliana Maccari, Rita Padoin, Vanessa Lopes
Produção de áudio: Edi Carlos de Rezende
Edição e Legendagem: Danilo Anastácio / Magma Filmes
Videoclipes: Danilo Anastácio / Magma Filmes
Palestras: Rita Padoin
Arte gráfica: Vanessa Lopes
Apoio: Rádio Marconi
Assessoria de Comunicação: Eliana Maccari
Produção Executiva: Vanessa Lopes / INdependente
Realização: Rita Padoin, Prefeitura de Urussanga, Lei Paulo Gustavo