Às vezes tenho pendências exalando como se fossem me
afogar em águas desconhecidas. Águas profundas de um oceano infinito e
misterioso. Noutras, tenho urgências gritando de dentro pra fora. Em meio a
essas loucuras, há um fio invisível que me corta ao meio. É a saudade
desgovernada que me atropela e deixa marcas pelo meu corpo todo. Essa saudade não
tem freio. Ela assola o que está na minha frente. Por isto preciso me recompor
diante de uma falta que não consigo repor. Reinvento momentos que me deixam
quase sã das minhas loucuras, mas que nada consegue preencher esse vazio que
apenas você conseguiria. Componho-me de urgências que deveria ser calmaria, mas
que me empurram para um abismo que desconheço e sei que não vou cair. Há uma
falta de conhecimento sobre abismos e tal, que preciso atingir. Mas, meu
instinto fala mais alto dizendo que o medo é consequência da insegurança. Recomponho-me
diante dos fatos e sinto que o amor que exala de dentro, eleva o que me deixou
sem chão.
Rita Padoin
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