sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Frenesi...Rita Padoin

Na janela o espero, imponente deus
como um fruto maduro expõe-se amorosamente
todo desnudo a me desejar
numa noite aquecida pelo beijo incandescente
espalhando o perfume do amor

magicamente rasga as vestes num gesto feroz
segurando firmemente impondo as regras
de um jogo perigosamente prazeroso
de carnes vibrantes exalando
o segredo dos amantes...

num lampejo surge o perfume de sua carne
numa frenesi desigual os corpos devoram-se
esquecendo totalmente a sombria solidão
e num frêmito de liberdade total
invade o deserto infinito...

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