Parece-me uma eternidade.
Um século. Uma vaga existência.
Cada vez que olho para trás
Vejo minhas pegadas fortes pelo caminho
Sinto como se o mundo fosse me engolir.
Não tem como não perceber.
Nem tem como retroceder.
As marcas alcançaram um patamar
Que jamais imaginei.
Há um distúrbio entre o ontem e o amanhã
E o hoje fica sobre uma névoa densa.
A venda cobre meus olhos
Atrapalha todo o processo que deveria
Ser transparente e leve.
A eternidade nos mostrará que a
imortalidade
Se alia a nossa consciência.
Rita Padoin
Escritora