Para um
Poeta, o tempo nunca é curto ou longo. Sempre é o tempo certo, a hora certa e o
momento exato. Sempre haverá esperança, paciência e uma lacuna para expor o que
não estava previsto.
Para um
Poeta, as horas estendem um tapete e o momento se desfaz em reflexão. O que
para muitos é apenas um tempo perdido, para ele é uma oportunidade. O tempo, é
aproveitado em cada segundo. O piscar dos olhos reflete um ponto luminoso que
traz junto com ele, o inesperado.
Viver cada
segundo, é viver inesperadamente. É deixar de lado as insignificâncias e
escorrer entre os vales de sua estrada, as alegrias. O Poeta, apenas observa
sem dizer uma única palavra. Quem fala por ele é a caneta. Escorrem por entre
as linhas de uma página branca, todos os seus segredos e as suas imaginações.
O tempo do
Poeta é o mesmo tempo que ele escolhe para não deixar o seu tempo calado.
Assim, abre-se um caminho, que nem ele consegue explicar ou decifrar. São os
parênteses e as interrogações expostos pelo tempo.
Para um
Poeta, o tempo nunca será um tempo perdido.
Rita Padoin