Não
consigo te acompanhar
Deixo-te
livre a seguir teu caminho
Não há
estrelas no céu
Nem o
clarão do luar
Nem a
brisa a me guiar
Que
mostre um caminho seguro
Não há
trevas a vencer
Nem
pedras para remover
Nem
tempestades suficiente para eu estar ai
Deixo-te
então...
Para
que tu sejas do mundo, enfim...
Quando a luz dos teus olhos iluminou os meus,
Minha alma garimpou nas profundezas
A alegria adormecida.
Quando o toque das tuas mãos abrangeu
O limiar da minha loucura
Ouvi o clamor de cada célula aplaudir em uníssono.
O pescador arremessa a isca
Que ultrapassa as barreiras
Do agitado mar de janeiro
Que deveria ser a calmaria do verão
O quebrar das ondas agitadas
Impede o lançamento da linha mar adentro
Devolvendo a isca que volta ao seu encontro
Rompendo o desejo tão sonhado
É o pescador e a isca lutando
Para a sobrevivência e objetivos de ambos
O peixe sem nada a entender
Continua sua jornada normalmente.