Às vezes eu preciso tirar férias. Aquelas férias de mim. Caminhar sem rumo e encontrar um lugar que me acolhe. Deitar a cabeça na grama e apreciar o sol ou as estrelas. Contemplar a lua. Sentir o vento chicotear a minha pele e me arrepiar de emoção. Pensar naquela pessoa que tanto habita meus pensamentos e tentar entender quais as razões e os porquês. Deliciar-me com a vida. Desligar-me de tudo e sentir apenas as batidas do coração. Aquelas batidas conhecidas e que tanto me escuta sem dizer nada. Sem reclamar ele nos abraça e diz que tudo ficará bem.
Quando tiro férias de mim, me comunico com o meu Eu e me restauro inteira.
Rita Padoin
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